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Lentes no Campo: o futebol e a carreira do fotojornalista Lucas Figueiredo

Eduarda Ferreira
Lentes no Campo: o futebol e a carreira do fotojornalista Lucas Figueiredo

Lucas nasceu no Rio e passou toda a infância em Niterói. Fez curso de fotografia, mas foi durante a faculdade de Desenho Industrial, no terceiro período, que se aprofundou no universo fotográfico, trabalhando na área em um jornal. A partir daí, trancou a faculdade e passou a se dedicar totalmente à fotografia. Explorando diferentes áreas da fotografia, trabalhou em boates e como assistente de estúdio para aprimorar suas habilidades. Foi nessa busca por experiência que conheceu Gilvan, fotógrafo do Lance, e teve a oportunidade de treinar na redação do jornal, mesmo sem receber pagamento. O ambiente movimentado e diversificado da redação despertou ainda mais seu interesse pelo jornalismo. 

Iniciando sua jornada no fotojornalismo, Lucas enfrentou desafios para encontrar oportunidades, sendo inicialmente rejeitado pelos jornais maiores devido à sua pouca experiência. No entanto, sua persistência o levou a conseguir uma vaga no Jornal São Gonçalo, onde sua carreira decolou. 

Sua primeira experiência profissional como fotojornalista foi intensa, passando por diversos tipos de reportagens, de hard news a notícias locais, até retornar ao jornalismo esportivo, área que sempre teve um lugar especial em seu coração. 

Entre os momentos marcantes de sua carreira, destaca-se a vez em que, na redação do Globo, seu nome foi mencionado por Domingos Peixoto ao ser anunciado como finalista de prêmios prestigiados, como o Esso. Esse reconhecimento entre seus colegas foi um dos momentos mais gratificantes para ele. Além disso, suas experiências nas Olimpíadas, onde se sentiu parte de uma equipe, e o registro da história do CBF ao longo de sete anos foram momentos que ele guarda com carinho em sua memória profissional.  

Ao falar de uma das fotos mais icônicas registradas por ele, Lucas destaca a imagem do ex-técnico da seleção brasileira, Tite, em 2019, com outros jogadores da seleção. 

Na CBF, fiz uma foto do Tite na conquista da Copa América em 2019 que gosto muito. Mostra todo mundo o celebrando e jogando para o alto, já que ele sempre foi um gestor de grupo muito bom. Com o Maracanã e a torcida ao fundo, cheio, essa é o tipo de foto que resume bem todo o trabalho. 

Sempre tive uma liberdade muito grande, conquistada com o tempo na CBF, para criar um material mais próximo, participar ativamente e conseguir fotografar com uma grande angular, o que era meu diferencial. Queria um trabalho diferente dos profissionais da imprensa. Por isso, sempre busquei criar vínculos e intimidades. Acho que os fotógrafos de clubes e federações devem buscar isso. 

Conquistando a confiança de todos, pude estar perto sem atrapalhar, de uma maneira muito próxima. Por exemplo, após a Copa América, quando o jogo acabou, entrei em campo junto com todos e comecei a registrar de dentro do campo as imagens que aproximavam o torcedor da nossa seleção. Tive a sorte de capturar o momento em que o Tite foi jogado para o alto e celebrado, e eu estava ali perto registrando tudo isso.

Lucas Figueiredo demonstra, através de sua jornada, a importância da persistência e da busca por novos desafios. Sua habilidade em capturar momentos únicos e significativos o tornou reconhecido no meio jornalístico. Suas fotos não apenas registram eventos esportivos, mas também contam histórias. Sua carreira é um exemplo do poder da dedicação e da paixão pelo trabalho. 

Fotojornalista: Lucas Figueiredo

Instagram: https://www.instagram.com/lucasfigfoto/

Escrito por Eduarda Ferreira